From: "Mauro Cherobim" To: "Lista ANT-ARQ" Subject: En: Re: (ANT-ARQ) Respuesta a Carolina Fleitas y Elvis Pereira Barbosa. Date sent: Thu, 29 Oct 1998 09:02:56 -0200 Send reply to: "Mauro Cherobim" Prezados participantes: Como a discussão foi iniciada na mesa sobre globalização, talvez um pouco atrasado, divulgo a estas idéias enviadas direto ao colega Elvis. M.Cherobim -----Mensagem original----- De: Mauro Cherobim Para: elvisb@zipmail.com.br Data: Quinta-feira, 29 de Outubro de 1998 08:58 Assunto: Re: Re: (ANT-ARQ) Respuesta a Carolina Fleitas y Elvis Pereira Barbosa. > >-----Mensagem original----- >De: Elvis Pereira Barbosa >Para: Mauro Cherobim >Data: Quarta-feira, 28 de Outubro de 1998 17:11 >Assunto: Re: Re: (ANT-ARQ) Respuesta a Carolina Fleitas > > >>Gostei muito do teu artigo. Tenho discutido este problema com alguns amigos daqui da universidade a respeito da globalização e principalmente o acesso de novas tecnologias para a população em geral. Mais do que a popularização ou até mesmo uma globalização dos meios de informações, algumas considerações devem ser tecidas: ... > >Prezado Elvis: > >Grato pela sua resposta e seu desejo de trocar idéias sobre este tema, >globalizaçao. Eu me aposentei da Unesp em abril deste ano e fui contratado >por duas Universidades particulares aqui de São Paulo. Numa delas criaram >uma disciplina chamada Ciência da Globalização e pediram que eu >"descascasse" este abacaxi. Como trabalhei em telecomunicações enquanto >estudava, quando o rádio era AM ou telegrafia, e ainda sou radioamador, >sempre pratiquei o que hoje se chamada de globalização, uma >arqueoglobalizacao. A globalização é, então e para mim, algo bem antigo como >expus naquele comentário que você leu e respondeu. O que está acontecendo a >meu ver, é uma secularização de informações que nos dá esta impressão dde >coisa nova. Além disto, estamos em pleno processo de mudança, aprendendo a >digerir esta soma "absurda" de informações quando nós, cultural e >psicologicamente, fomos socializados para digerir as informações >homeopáticamente. E ela aparece alopaticamente e em altas doses. >Conseqüentemente nós nos perdemos. > > Eu tenho minhas dúvidas se a Internet é realmente anárquica. Se você >considerar anarquia em seu sentido popular é bagunça; em seu sentido >filosófico - ou político - normativa para que todos "se enquadrem" no modelo >anárquico. Contraditório mas verdadeiro! Se você considerar a democracia >como um regime (ou sistema) de conflitos a Internet é, na verdade, >democrática. Os grupos guerrilheiros não são nada democráticos e resultam em >sociedades que também não são democráticas. Esta "bagunça" que dizemos ser o >governo FHC e se você acompanhar quem foi o Professor FHC (minha formação >vem da Escola de Sociologia e Política e USP, no Departamento de Ciências >Sociais que pertenciam Fernando Henrique e Ruth, verificará que o conceito >de democracia dele é de conflito. E numa sociedade heterogênea como é a >brasileira, concordemos ou não com FH, haverá outro caminho? Você não toma >conhecimento de alianças eleitorais de PT com PFL e PPB, FHC com ACM, e >assim por diante? Todos têm que mostrar suas "faccie"... Ora, se os >zapatistas são um grupo de opinião e ingressam na rede terão que ingressar >nesta conflitante troca de opiniões pois operam, aqui, as mais diversas >orientações políticas, filosóficas, religiosas, etc. Imagino, então, que os >anarquistas do século XIX estejam revendo, preocupados, suas idéias. Você >não acha? >