49 Congreso Internacional del Americanistas (ICA) |
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Quito Ecuador7-11 julio 1997 |
Daniela Cortez
Desigualdade E Diferença Na América(Ou Américas).
O Brasil e a Concorrência Internacional: Igualdades e/ou Diferenças?
Por: Daniela Cortez
Resumo:
O desenvolvimento do Comércio Internacional vem ganhando uma importância cada vez maior, apresentando como tendência a criação de blocos econômicos. Só que na concorrência internacional as economias desiguais vêm sendo tratadas como diferentes.
A grande questão seria: Como agrupar em um mesmo bloco, economias completamente desiguais?
O Brasil e a Concorrência Internacional: Igualdades e/ou Diferenças.
Daniela Cortez
O termo global surgiu no início dos anos 80, nos EUA, mais precisamente nas Escolas de Administração de Empresas, as célebres Business Management Schools de Havard, Columbia e Stanford. Depois, o termo globalização foi difundido e popularizado pelos livros e artigos sobre Estratégia & Marketing de famosos consultores japonese e norte-americanos.
A partir daí a globalizaçãose tornou uma plavra muito em voga nesse fim de século, surgindo denominações como: Aldeia Global, Fábrica Global, Moeda Global e Nova Economia Mundial sem Fronteiras.
A globalização da economia mundial, enquanto fenômeno histórico de transição do vigente padrão institucional-estrutural do capitalismo monopolista do século XX para um outro, ainda em processo de desenvolvimento, rumo ao capitalismo global do século XXI, vem se manifestando como um novo processo histórico de mundialização do capital em geral(Carvalho, 01:1996).
É dentro desta ótica globalizante da economia que surgiram as condições favoráveis à criação dos chamados blocos econômicos.
Os mesmos foram criados com a finalidade de desenvolver o comércio de determinada região. Para alcançar esse objetivo, eliminam as barreiras alfandegárias, o que torna o custo dos produtos menor. (Na realidade devem eliminar as diferenças para se adequarem a nova ordem - ou seriam desigualdades?).
Sem negar a relevância desse processo para se manter no concorrido comércio internacional, o questionamento que se faz é quando se passa a tratar países-nações de modo igual(torná-las iguais), uma vez que, além de serem diferentes, são inegavelmente desiguais. Senão vejamos nos casos relativos ao Brasil:
Para se chegar a formação do Mercosul, primeiramente houve uma negociação entre Brasil e Argentina, tendo sido assinada em 1985 a Ata de Iguaçu, que tinha como objetivo o aumento das relações comerciais através da complementação industrial e da cooperação tecnológica. Mas, somente em março de 1991, através da assinatura do Tratado de Assunção, pelo Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai é que nasceu o Mercado Comum do Cono Sul ou Mercado Comum do Sul. Tendo como objetivos: ampliar os mercados nacionais, com isso haveria produção em grande escala, com aumento da eficiência e competitividade; Aproveitar melhor os recursos disponíveis; Fazer com que a região tenha uma presença na economia internacional, mais significativa, mudando o perfil econômico e político da América do Sul.
Formada em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Pará - UFPa.
Cursando 3º ano de Comércio Exterior na Universidade da Amazônia - UNAMA
Versão provisória e incompleta.
As diferenças entre os 4 países são gritantes desde a sua história, cultura, povo, política, desenvolvimento econômico, etc. O que acaba fazendo com que as desigualdades sejam acentuadas. Sem fazer uma análise profunda da questão, podemos verificar esse fato através do nível de industrialização dos quatro países que é muito diferente( ou seria desigual?), motivo pelo qual o Uruguai demorou a assinar o acordo em que criava a TEC(Tarifa Externa Comum), o que acabou fazendo em 1984.
O Paraguai e o Uruguai possuem um perfil econômico muito diferente(e/ou desigual) do Brasil e da Argentina: seus parques industriais são pouco desenvolvidos e são muito abertos às importações.
A Argentina possui um mercado 3 vezes menor que o Brasil; O Uruguai e o Paraguai um mercado 60 vezes menor!!
O PIB do Brasil é 3 vezes maior que o da Argentina, 42 vezes maior que o do Uruguai e 51 vezes maior que o do Paraguai.
As mesmas questões surgem em relação ao Brasil e o resto do mundo, onde as diferenças(e/ou desigualdades) são bastante evidentes.
Não se quer, em hipótese alguma, negar a importância do desenvolvimento do comércio internacional.
O Comércio Exterior cresceu como consequência natural da expansão geográfica do mundo. E com o passar do tempo adquiriu várias conotações, culminando com a criação dos blocos econômicos.
O questionamento se faz a partir da formação desses blocos que são formados levando em consideração vários aspectos, entre eles: proximidade geográfica, similariedade entre os países, etc, é a necessidade de tornar países eminentemente diferentes (e/ou desiguais) em iguais.
BIBLIOGRAFIA:
CARVALHO, David Ferreira. Globalização Financeira, Mercados Especulativos e Crescimento Econômico em Marcha Lenta. UFPa/1996.
CORTEZ, Roberto. Desigualdade e Diferença: Idéias (In)Tempestivas para um Projeto Amazônia. Belém, Boletim da ADUFPa, Ano II, nº 10, nov./dez. 1993, p. 12.
CORTEZ, Roberto. A DESIGUALDADE é Diferente da Diferença. Belém(Anais da III Reunião Regional de Antropólogos do Norte e Nordeste - 1993), UFPa, 1996, vol 2, pp 835-855.
MAIA, Jayme de Mariz. Economia Internacional e Comércio Exterior. São Paulo, Atlas, 1995.
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