Newsletter de la Asociación de Cientistas Sociales de la Religión
en el Mercosur
No. 7 Junio 1999
La intención de este newsletter es mejorar la comunicación entre los estudiosos de la religión en el Cono Sur, así como entre ellos y sus pares de otras regiones, acercando noticias sobre publicaciones recientes, congresos y cualquier otra información que sirva para fortalecer y dinamizar el campo de los estudios sobre el tema.
Quienes desean colaborar pueden enviar sus comentarios, noticias de eventos o publicaciones que consideren interesantes. Sugerimos que todos los socios manden un listado de los artículos o libros que hayan publicado últimamente.
También se puede contribuir con reflexiones sobre temas que consideren deben ser debatidos. Para incluir varias contribuciones por número, los articulos deberian tener, como máximo, alrededor de 10.000 caracteres - aunque pueden tener menos. Los temas deberían ser de interés para la mayor cantidad de miembros posible, o que les parezcan de relevancia como para que los miembros de la asociacion los conozcan o debatan. Pueden enviar reflexiones teoricas; noticias de sucesos relacionados con grupos religiosos presentes en varios paises en el Cono Sur o ideas en general que quieran compartir con sus colegas. Sugerimos que no envíen etnografías de temas muy locales -salvo que su análisis revele aspectos relevantes del fenómeno religioso en general. Tambien pueden hacer llegar comentarios de libros (de uno o reunir varios en una reseña) que les parezcan particularmente importantes.
Forum
El estado de los estudios sobre pentecostalismo en Latinoamérica (6) – Estudios comparativos de movimientos religiosos
Proseguimos en este número con las opiniones de distintos colegas acerca del estado de los estudios sobre pentecostalismo en el continente. En el número anterior, Daniel Míguez, Pablo Semán (Argentina), Carlos Garma Navarro, Patricia Fortuny (México) y Matt Marostica (EEUU) nos brindaron su visión del tema. En este número, Cecilia Mariz nos ofrece una reflexión desde el Brasil.
Uno de los objetivos de la Asociación es incentivar los estudios
comparativos del fenómeno religioso en distintos países.
Dos tesis recientes –defendidas en Río de Janeiro y en Milán,
Italia- realizan estudios explícitamente comparativos acerca de
dos grupos de rápido crecimiento: la Iglesia Universal del Reino
de Dios y la Renovación Carismática Católica. Patricia
Moreira analiza las estrategias utilizadas por la IURD en Buenos Aires
y Verónica Roldán examina las diferencias y similitudes entre
el movimiento carismático de Roma y el de Buenos Aires.
Estudos sobre pentecostalismo: Uma perspectiva brasileira
Cecilia Mariz (Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Brasil)
Gostei muito de ler na última newsletter comentários sobre o estudo do pentecostalismo na Argentina e México. Esses artigos me levaram a notar algumas especificidades dos estudos do pentecostalismo no Brasil quando comparado com o que ocorreu na Argentina e México. A primeira seria que os livros de Stoll e Martin tiveram um impacto bem menor do que parece ter ocorrido na Argentina e México. Martin e Stoll são relativamente pouco citados nos textos de brasileiros. Em parte isso se explica pelo fato de que quando esses livros foram publicados já havia bastante discussão e uma grande produção sobre o tema no país.
Já se estudava o pentecostalismo no Brasil desde a década de 60, mas, tem-se que reconhecer que, até meados de 80 o interesse por esse grupo religioso era evidentemente muito menor do que o por grupos católicos e de religiosidade afro-brasileira No entanto não foi apenas por causa dessa produção prévia sobre pentecostalismo que os livros dos "Davids", Stoll e Martin, não tiveram muita repercussão no Brasil. Em 90 quando ambos livros foram publicados estavam todos no Brasil preocupados com o surgimento de um novo tipo de pentecostalismo que era bastante provocador por seu estilo diferente, crescimento rápido, e sua atuação social e política. Esse pentecostalismo parecia nada ter a ver com o descrito por aqueles autores. Desde então esse movimento, que tem sido chamado aqui de neopentecostalismo, vem quase que monopolizando o interesse dos estudos sobre religião no Brasil. O termo neopentecostalismo é muito utilizado mas, como Corten chama atenção, esse termo trouxe um certo mal entendido no debate internacional pois Hollengeweger já havia usado esse termo para denominar o pentecostalismo das igrejas históricas (essas que preferimos chamar "igrejas renovadas").
Atualmente nota-se uma preocupação quase exclusiva com o neopentecostalismo, e em especial com a Igreja Universal. Posso lembrar por exemplo 9 teses recentes sobre essa igreja. Tantos trabalhos já apareceram sobre a IURD que já se criou um neologismo para se referir ao seu fiel "iurdiano".
Compreende-se esse interesse pois o neopentecostalismo desafiou antigos conceitos adotados para o estudo do protestantismo e pentecostalismo e abriu um leque de novas questões: a diversidade pentecostal, sua afinidade e sincretismo com religiões africanas. A Igreja Universal tornou-se também um assunto social polêmico muito tratado pela mídia. Além de ir contra a Igreja Católica, Rede Globo e o PT, ela desperta antipatias e interesse também seja por sua nova forma de atuação política seja por ter comprado um canal de televisão seja por seu papel globalizador como grupo religioso missionário e instituição exportadora de religião e cultura brasileira.
A partir desse novo pentecostalismo tem se discutido coloca em problema da identidade evangélica e a necessidade de redefinir as classificações e subclassificações do protestantismo. Muitos debates recentes em congressos sobre esses temas mostram que ambas questões ultrapassam os limites da metodologia de pesquisa e têm uma dimensão política e teológica. Assim sociólogos podem identificar raízes similares entre igrejas metodistas e pentecostais, mas por razões de sua prática política e religiosa esses grupos podem achar que essas semelhanças são muito menos importantes na atualidade do que suas diferenças. As classificações não apenas servem para conhecer e pesquisar um grupo, mas também para dar sustento à criação de identidades e alianças para fins diversos sejam esses religiosos políticos, sociais entre outros. A discussão sobre se pentecostalismo é mesmo protestantismo, ou ainda se a Igreja Universal é mesmo evangélica, revela que para muitos estudiosos esses termos não são meros conceitos, que são definidos, e podem ser redefinidos, para fins de determinada pesquisa ou para responder uma outra questão. Para muitos, essas categorias são mais do que tudo identidades com peso político. Negar a um grupo seu caráter evangélico ou protestante pode ser uma acusação, tal como termos "magia" e "seita", conceitos bastante úteis para o entendimento e maior conhecimento do objeto religioso, que têm sido utilizados para fins políticos e de julgamento de valor.
A religião em nossa ciência social não é vista como algo exótico distante e longínquo. Aqueles que estudam a religião, em grande parte, são, ou foram ou se tornaram, pessoalmente envolvidos com a religião. Isso não surpreende já que as várias igrejas, tanto a católica como protestantes, têm desempenhado papel importante como instituições educativas e na formação do mundo intelectual. Também não surpreende por ocorrer o mesmo em outros contextos nacionais. Esse envolvimento pode em muitas situações de pesquisa e análise ser até uma vantagem.
Em toda sociologia e antropologia da religião no Brasil há uma presença muito forte da própria religião: uma relação bem próxima com os grupos religiosos os mais diversos. O estudo do pentecostalismo não é uma exceção. No entanto, ao contrário dos cultos afro-brasileiros e do grupos católicos não há pesquisadores pentecostais. O pentecostalismo não logrou converter nenhum cientista social que o estudasse como os cultos afro-brasileiros. Pelo contrário, a ciência social pode ter até retirado alguns pentecostais de suas igrejas (temos alguns depoimentos de campo sobre experiências de evasão a partir de maior instrução). O que isso nos revela, ao contrário do que pode parecer, é uma certa afinidade entre o mundo moderno que sustenta o universo dos intelectuais e a cosmovisão pentecostal. Essa última não consegue fascinar como algo exótico - de fato não é outra forma de ver mundo, por isso é percebida apenas como uma cópia mal feita, uma versão menos sofisticada e mais cheias de preconceitos da cosmovisão dominantes: uma cópia barata do mundo moderno ocidental. Já as religiões afro-brasileiras descortinavam o primitivo: o totalmente outro.
Apesar de em nossa ciência social não haver nenhum pentecostal, o pentecostalismo juntamente com o neopentecostalismo têm despertado muita emoção`, simpatias e antipatias, entre aqueles que o estudam no Brasil. Essa divisão dá um certo tempero e frisson ao debates em congressos. No entanto, esse tipo de divisão não é algo exclusivo desse tema. (Patrícia Birman comenta que também o estudo sobre sincretismo dividia os pesquisadores entre os que o valorizavam e os rejeitavam.) Essa antipatia se expressa no discurso de muitos analistas que afirmam que os neopentecostais não podem ser vistos como igrejas nem como religião mas como "movimentos de cura", "grupos de mágicos", "empresas de fé". Para outros autores, a adesão a esses grupos religiosos também não pode ser definida como "conversão" e seu sucesso somente pode ser explicado pelo seu poder de "marketing". Não necessariamente discordo das observações e análises feitas nessa linha de trabalho, mas sinto falta de um debate mais teórico sobre os conceitos utilizados: o que se quer dizer ai com a palavra conversão ou com a palavra religião ou igreja, trabalho missionário. Por outro lado acredito que seja necessário que se discuta o que significam essa antipatia e simpatia e sua conseqüências nos resultado da análise.
Qual a origem social dessas atitudes de aversão ou fascínio?
Apesar da presença de militantes religiosos entre os estudiosos
desse fenômeno, parece não haver nenhuma relação
explícita entre ser ou não ser militante, ou entre o tipo
de militância religiosa, ou de militância secular, do pesquisador
e a simpatia ou antipatia que esse sente por esse grupo. Uma sociologia
da sociologia da religião no Brasil teria que estudar que fatores
contribuem para inibir ou alimentar essas atitudes de aversão ou
de certo fascínio e em que medida essas atitudes têm trazido
conseqüências para os estudos realizados.
Bibliografía citada
Corten, A (1999) Pentecôtisme e "néo-pentecôtisme"
au Brésil Archives de Sciences Sociales des Religions (44)
105: 163- 183
Patricia Moreira (Mestra pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
Durante os cultos da Igreja Universal do Reino de Deus no Rio de Janeiro uma presença se fazia sentir diariamente. A certeza de que o demônio estava lá era compartilhada pelos fiéis e pelos pastores e parecia ser fundamental para a legitimação da própria igreja, para o seu sentido de existir, afinal sua missão maior seria a de livrar o mundo desta maligna influência. Outro fato que me despertou a atenção, era a questão de que o público que frequentava a Universal, em sua maioria, tinha frequentado as religiões afro-brasileiras no passado o que facilitava o diálogo e a construção do Mal, ou seja, os orixás que antes eram venerados, passam a ser vistos de outra maneira (Birman 1996; Mariz 1997; Mariz e Machado1994; Moreira e Semán 1998). Após a conversão tais orixás passam a ser considerados demônios que atormentam a vida dos fiéis. Dessa forma, no Rio de Janeiro, a ligação entre os cultos afro-brasileiros e o demoníaco se faz de forma direta.
Isso me levou a pensar em como faria a Universal num país em que as religiões de possessão não tivessem a mesma abrangência que no Brasil. Por isso decidi através de uma observação de Frigerio (1997), de que a Universal estaria destinada a um crescimento limitado em Buenos Aires, tentar compreender os meios de inserção e legitimação desta igreja nesta cidade.
Privilegiei a hipótese da existência de uma dinâmica e de um movimento contínuo na forma pela qual a Universal atua tanto na conversão, quanto na sua própria entrada e legitimação numa sociedade estranha e onde os valores são diferentes dos do Brasil. Nesse sentido tento ampliar a noção de conversão e não limitá-la somente aos fiéis mas também à própria Universal porque de certa forma ela também se converte aos novos valores, criando um diálogo constante sem deixar de lado as construções do demônio trazidas do Brasil.
A Universal em Buenos Aires está inserida dentro de um contexto específico de relações de poder, devido principalmente à forte ligação que esta sociedade tem com a Igreja Católica e com o Estado (Malimacci 1993; Stolen 1996). Isso instaura uma relação hierárquica com as demais religiões. Com isso quero dizer que o espaço onde a Universal se move em Buenos Aires não é de maneira nenhuma um espaço igualitário. No Brasil a Universal conta com um forte aparato de mídia com o qual ela não conta em Buenos Aires, isso sem dizer que a Universal portenha não conta com um imaginário que liga a imagem do diabo às religiões de possessão como ocorre no Brasil (Velho 1994), deixando-a em desvantagem principalmente em relação a Igreja Católica. Levando em consideração esta "falta" de poder analiso a forma como a Universal transforma a lógica local e como também é transformada por esta lógica criando um diálogo cheio de dissonâncias. Com isso não quero dizer que as religiões afro não estejam presentes em Buenos Aires, apenas que estas não têm o mesmo espaço que têm no Brasil e por isso se cria um diálogo extremamente rico. É importante ressaltar que tanto no Brasil quanto em Buenos Aires a figura do diabo tem uma centralidade durante os cultos. O que muda é a forma como ele é valorizado tanto pelos fiéis como pelos pastores. No Brasil embora uma simples dor de cabeça possa ser uma manifestação demoníaca, o que é mais valorizado é o demônio mais "concreto" relacionado com os orixás das religiões de possessão. Já em Buenos Aires o que acontece é justamente o contrário. O que é mais valorizado, já que a psicanálise é uma influência tão forte quanto a Igreja Católica, é um demônio mental (Moreira e Semán 1998) embora quando ocorra uma possessão nos moldes mais parecidos com os do Brasil, este demônio afro também passe a ser valorizado.
O que quero privilegiar é a forma como a Universal está constantemente se construindo durante a interação com seus fiéis e com a sociedade argentina e como, através desta dinâmica, esta igreja encontra o seu lugar em Buenos Aires.
A presença católica que a meu ver paira sobre a Argentina me fez tentar aprofundar o entendimento sobre esta sociedade para chegar ao meu objetivo que é o processo de inserção da Universal em Buenos Aires. Para isso será importante falarmos da construção da homogeneidade argentina. Existe um esforço para que esta sociedade tenha a aparência de homogênea, europeizada, composta de uma grande classe média e principalmente católica (Segato 1991). Seria a construção de um país moderno e racional onde a autêntica religião deve ser desencantada excluindo crenças e práticas mágicas (Frigerio 1995). Deparei-me então com uma sociedade que se quer homogênea e que tenta excluir o "outro" criando mecanismos oficiais de exclusão ligados a Igreja Católica, ao Estado e à mídia . Este "outro" incluiria também os "outros" religiosos considerados mágicos. Apesar disso é importante ressaltar que esta representação de si como homogênea não impede que exista um espaço para a criação da heterogeneidade.
As religiões afro-brasileiras entraram mais efetivamente em Buenos Aires em 1960, mas foi em 1983 que houve o boom destas religiões (Oro 1997) coincidindo com a volta da democracia e com o surgimento a nível mais global de novas racionalidades religiosas (Campbell 1997; Velho.O 1997)). Desse modo, a Universal enfrenta um conflito específico em Buenos Aires na medida em que esta procura na Argentina não só demonizar as crenças locais mas também reforçar no imaginário portenho o universo afro tanto para tornar mais visível o mal, agora personificado nos orixás, como para legitimar a sua presença e a sua necessidade de existir em Buenos Aires.
Para Frigerio (1997) as religiões afro estariam estabelecendo pontes com mais sucesso com o imaginário dos fiéis em Buenos Aires ao passo que a Universal estaria destinada a um pequeno crescimento. Segundo Frigerio e Carozzi (1997), dentro de uma amostragem dentro de um templo de umbanda em Buenos Aires os consulentes deste templo seguiam dizendo serem católicos, mas consultavam curandeiros, ou eram devotos de algum santo popular argentino. Isso pode explicar a afirmação dos autores na medida em que as religiões afro não exigem tão radicalmente o afastamento das antigas práticas. Essa flexibilidade pode explicar porque as pontes simbólicas seriam mais facilmente construídas entre as religiões afro e o imaginário religioso portenho. A meu ver a Universal apesar de sua aparente rigidez também é flexível a sua maneira. Embora ela não seja complacente de um forma positiva com outras práticas religiosas ela as absorve negativamente em seu interior modificando-as e não as matando completamente. E é através desta modificação e diálogo constante com seus fiéis que ela se estabelece e cria pontes simbólicas.
Não quero afirmar que existe em Buenos Aires uma realidade religiosa heterogênea como no Brasil, mas que dentro da homogeneidade construída como uma imagem idealizada pelo Estado, existe espaço para diversas formas de expressão religiosa, o que permite que a Universal se estabeleça como mais uma opção e que aproveite esta diversidade para se recriar e recriar a realidade existente. Com isso quero dizer que existe a possibilidade da Universal estabelecer pontes com o imaginário mágico-religioso portenho, aceitando-o, modificando-o e inventando-o, fazendo surgir novos diabos, mostrando a cara dos já existentes e dando-os nova roupagem.
Durante os cultos da Universal os pastores usam noções mais próximas da cultura psicologizada dos fiéis sem renunciar as suas próprias categorias. Não se renuncia a demonização mas se anuncia um demônio mais discreto que pode ser depressão, doença e que "pode sair sem que a pessoa mostre".
O diabo é introduzido sistematicamente como um dos vetores indispensáveis para a tomada de posição no espaço mágico-religioso em Buenos Aires, mas a sua imagem é flexibilizada de tal maneira, que a sua difusão e articulação com as imagens fortes do sentido local se torna possível. Se destacam elementos do imaginário portenho para resignificá-los como satânicos e ao mesmo tempo se relacionam estes elementos conhecidos com elementos do panteão afro-brasileiro, quando por exemplo, um pastor diz que o tarot, os adivinhos são "um tipo de macumba". Um pastor com quem conversei mostrou bem esta flexibilidade dizendo que "o diabo está em todos os lugares só que em Buenos Aires ele se manifestava diferente do Brasil, porque o diabo tem várias faces e que dependendo do lugar ele mostraria a face que mais lhe fosse conveniente".
Durante as reuniões da Universal em Buenos Aires comecei a perceber o caráter "didático" dos cultos da Universal e as ligações feitas pelos pastores entre o imaginário brasileiro e o argentino. Ficava clara a falta de compreensão entre o pastor e os fiéis e a construção do demônio trazida do Brasil, daí a necessidade de se "ensinar" durante os cultos o que era uma Pomba Gira ou um Exú. Mais tarde é que percebi que a força da Universal estava justamente nesta falta de compreensão criando um espaço flexível para diversas interpretações e diálogo. Isso fazia com que tanto pastores quanto fiéis passassem a interagir numa forma mais livre durante os cultos. Assim, a Universal e seus cultos vão ganhando sentido para os fiéis na medida em que são estes que interpretam e dão o sentido durante a ação. Assim, a Universal vai se legitimando perante seu público. O que não quer dizer que os pastores deixem tudo nas mãos dos fiéis. Como disse acima,os pastores sempre que possível tentam introduzir a sua própria construção do demônio trazida do Brasil e isso fica bem claro durante os cultos de libertação. Quando ocorre uma manifestação nos moldes 'brasileiros" os pastores a exploram ao máximo. Sem descartar o demônio mais "mental", os pastores tentam inverter esta hierarquia e colocar em destaque o demônio de possessão/orixá, como o verdadeiro demônio. Na reunião onde se manifestou o "Exú do Lodo", o pastor explorou ao máximo a situação, fazendo perguntas para a platéia, ensinando sobre o afro e tendo como ajudantes aqueles fiéis que já conheciam tais religiões. Enquanto durou esta experiência de possessão, o pastor desqualificou o catolicismo e durante todo o culto o pastor me pareceu muito menos flexível que de costume com os demônios mentais portenhos, afinal tinha em suas mãos o que tanto almejava: uma possessa à brasileira e assim poderia tentar inverter a ordem hierárquica de importância entre os demônios mentais e de possessão.
A força da Universal está no diálogo pois flexibiliza as possibilidades de demonização mas ao mesmo tempo tenta dar uma cara mais palpável ao demônio e para isso a Universal trata de resgatar a sua maneira a figura do diabo trazendo-o para o cotidiano dos fiéis.
Dessa forma vemos a construção de pontes simbólicas por parte dos pastores da Universal, que tentam construir uma referência do diabo que resulte numa construção verossímel deste personagem, tanto para os seus fiéis portenhos como para a própria Universal. Em relação à representação do diabo, existem situações que nos apresentam um panorama pluralizado e cheio de potencialidades contraditórias em relação ao discurso e a prática da Universal, na medida em que o Mal muitas vezes aparece relacionado com os próprios atos humanos segundo fiéis portenhos. Se a falta de conhecimento da cultura de possessão por grande parte dos fiéis na Argentina faz com que a Universal necessite realizar um esforço maior para fazer entender o que são estas religiões, não podemos negar que existe um tecido de representações e práticas que estão disponíveis para uma reinterpretação por parte da Universal, que necessita primeiro identificar o inimigo para depois combatê-lo.
Vemos diversas interpretações do que é o diabo para os fiéis e assim dentro destas diversas interpretações os fiéis se identificam com a Universal de várias formas. Segundo uma fiel que se diz um anjo caído na Terra, que antes compactuava com Lúcifer mas que decidiu "mudar de lado" e passar a compactuar com Jesus, ela, apesar de não se encaixar nos parâmetros do fiel desejado pela Universal, ela cria a sua própria identificação com a Igreja e a legitima a sua maneira colocando-a como lugar privelegiado para "caçar demônios".Outra forma de identificação e legitimação também pode se dar de forma totalmente inversa. Segundo outra fiel, o discurso mágico e a possessão mais "escandalosa" nos moldes brasileiros seriam necessários apenas para "despertar a fé dos mais simples".
Vemos então que cada um constrói a afinidade e a justificativa de se estar indo a Universal de uma forma diferente sem no entanto desqualificar a construção dos pastores sobre o Mal. Custei a perceber que apesar das tentativas dos pastores de dar uma e apenas uma cara ao demônio, este esperto como todos os demônios devem ser, mostrava-se com diversas facetas, recusando-se a ser conhecido por apenas um rosto. E dentro dessa opacidade eu me solidarizava com a frustração dos pastores que insistiam em associar a cara do demônio às religiões afro-brasileiras. Não posso dizer que as tentativas foram em vão, mas o sucesso da Universal não mais se reduzia a questão de se os fiéis estavam aprendendo bem sobre o novo demônio, mas se a Universal estava sabendo manejar-se bem diante de tantas reinterpretações de seu discurso. Com isso quero dizer que os pastores se sentem perplexos diante de um público que segundo eles "não entendem o Mal, nem acreditam completamente em nossas palavras" e por sua vez, os fiéis atribuem características aos pastores que estes afirmam não possuir, como por exemplo a mediunidade na medida em que os fiéis portenhos os olham como médiuns que recebem o Espírito Santo.
Para concluir, posso dizer que é justamente devido a estes mal-entendidos que a Universal vem recrutando adeptos e criando uma rede de relações bastante rica e complexa, pois os pastores apesar de seus comentários pessimistas terminam trabalhando em cima destes mal-entendidos aproveitando-os mas sem nunca deixar de mostrar a própria construção do demônio trazida do Brasil. Os pastores não abrem mão de suas construções mas as fazem dialogar com um novo universo. Percebemos nos cultos da Universal um fazer e refazer constantes de ambas as partes e os pastores se movem dentro dessa dinâmica procurando unir as interpretações dos fiéis com as suas próprias e assim as afinidades vão sendo construídas.
Durante um culto um pastor afirmava:
Bibliografía
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VELHO,O.A Orientalização do Ocidente: comentários a um texto de Colin Campbell. In: Religião e Sociedade, 18/1. Rio de Janeiro, Iser,1997.
Un estudio comparativo Buenos Aires - Roma
Verónica Roldán (Doctora en Sociología y Metodología de la Investigación, Universidad de Milán)
El presente estudio comparativo, realizado para una tesis de doctorado sobre la Renovación Carismática Católica (R.C.C.), ha considerado principalmente el desarrollo histórico de este movimiento, su estructura organizativa, su religiosidad y sus orientaciones civiles y políticas . La investigación empírica se basa en 46 entrevistas en profundidad efectuadas en Argentina y 40 en Italia, junto a más de doscientas horas de observación participante en ambos países.
En esta breve presentación se analizarán apenas algunos aspectos de estas temáticas señalando las semejanzas y diferencias entre el caso argentino y el italiano .
Aspectos históricos y organizativos
El desarrollo del movimiento en Buenos Aires está relacionado principalmente a tres sacerdotes: Iacobellis, Ibañez Padilla y Muñoz Molina. Estos dos últimos, considerados los pioneros, (y que todavía están en actividad) nunca han trabajado juntos, "dividiéndose" la ciudad en dos grandes sectores de evangelización y difusión de la Renovación. En Roma, por el contrario, los primeros grupos fueron coordinados y promovidos por laicos y sólo en menor medida por sacerdotes. Los grupos carismáticos contaban, sin embargo, con el apoyo y la asistencia espiritual de algunos teólogos de la Universidad Pontificia Gregoriana de Roma. La historia del nacimiento de la R.C.C. en Italia -al menos en su modalidad oral- está asociada a nombres de laicos y no de sacerdotes; estos últimos entraron en un segundo momento y en los casos en que asumieron puestos de poder se produjeron desacuerdos que dieron origen a las actuales corrientes dentro del movimiento.
Actualmente existen en Argentina cinco corrientes al interior del carismatismo católico y tres en Italia. Las argentinas son todas producto de los esfuerzos de distintos sacerdotes. Estas diferentes líneas han surgido y trabajado en forma paralela; las corrientes italianas en cambio son consecuencia de divisiones ocurridas al interior del primer grupo "madre". Hoy en día solo una corriente, la mas numerosa en Italia, tiene una estructura en donde el rol de los sacerdotes es primordial, las dos restantes son prevalentemente laicas: los sacerdotes y las religiosas se desempeñan sólo como asistentes espirituales.
El movimiento, tanto a nivel internacional como nacional - y mas allá de las diferencias internas esbozadas - ha tenido que asumir una estructura organizativa formal y un estatuto, seguramente necesarios por su desarrollo numérico, pero también porque las relaciones con la Iglesia - que los carismáticos han respetado siempre - lo impusieron. En la actualidad, la Renovación, en Argentina y en Italia, ha sido reconocida por sus respectivos Consejos Episcopales como movimiento privado de laicos. La estructura, que en líneas generales es la misma, se basa sustancialmente en principios comunitarios y sobre una gestión directiva de equipo. Los roles de liderazgo no recaen sobre una sola persona sino sobre un grupo de coordinación, formado, en la mayor parte de los casos por laicos y en el cual los sacerdotes y religiosas, en calidad de consejeros espirituales, tienen principalmente la función del discernimiento y la vigilancia para que todo sea conforme a la ortodoxia. Estableciendo este tipo de organización comunitaria, la R.C.C. trata de mantener su peculiaridad carismática colectiva y no jerárquica, en donde los laicos tienen un rol preponderante. En este sentido, en la experiencia carismática cada miembro puede ser "protagonista" porque forma parte de aquel laicado llamado por la misma Iglesia a participar en "la renovación de la espiritualidad perdida en las sociedades racionalizadas" a partir de la re-evangelización. Todo se realiza en base a propuestas nuevas, renovadoras y propias.
Los sectores sociales que el movimiento convoca son principalmente los sectores medios. En lo que se refiere a la edad, en el caso de Roma hay un predominio de individuos de entre 35 y 50 años de edad; y de los 40 años en adelante en Buenos Aires. En lo que concierne al sexo de los participantes, hay una mayor presencia de mujeres en el caso argentino que en el italiano. Las personas que han adherido desde los inicios al movimiento eran su mayoría católicos; esto se da más en el caso italiano que en el argentino.
La religiosidad en los grupos carismáticos católicos
En lo que se refiere al análisis de la religiosidad del movimiento no se han registrado diferencias sustanciales en los dos países. Si bien la diversidad entre un grupo de oración y el otro se da en la práctica privilegiada de un carisma particular, esto no pone en discusión el cuadro general de la religiosidad carismática. Sobre todo por dos motivos: primero, porque todos los grupos argentinos e italianos se inspiran en la experiencia fundacional del movimiento carismático ocurrida en Duquesne, Pennsylvania, en febrero de 1967; segundo, porque el carácter espontáneo de los grupos hace que no existan estructuras formales preestablecidas y que el desarrollo del mismo pueda proceder aún con características no uniformes.
Se enumeran a continuación los elementos principales de la religiosidad carismática, comunes en los dos países:
1- La creencia en el movimiento carismático esta basada en la teología católica oficial sin proponer específicos cambios o recorridos diferentes a aquellos institucionales. Aún así existe una particular atención al momento del Pentecostés y a la figura del Espíritu Santo. Este último es el elemento central de la espiritualidad carismática y en la vida del cristiano comprometido; porque es a partir de la nueva efusión en el Espíritu que se produce la renovación de la fe, una conversión personal que implica una relación más intima con Dios Padre y con Jesucristo. Los carismáticos sostienen que no inventan nada, que no desarrollan un doctrina propia y que no proyectan una nueva Iglesia. Teniendo como referencia las propuestas del Concilio Vaticano II, hablan de renovación, de redescubrimiento (de las figuras de la Trinidad en modo nuevo), de revitalización y de lo que cada cristiano ya posee a través de los dones del Espíritu Santo recibido en el bautismo y en la confirmación.
Sí se modifica la imagen de Dios: se pasa de la idea de un Dios lejano del hombre, castigador, vengador, enojado, de un Dios al que se le teme, a la imagen de un padre, un Dios misericordioso, cercano al hombre en los momentos tanto de alegría como de dificultad. "Dios es Amor" sostienen los entrevistados. También Jesús es concebido en modo diferente: "Jesús es el Señor". Se abandona la idea del Jesús de la cruz y se recupera aquella del Jesús resucitado, victorioso, salvador y redentor, hermano y maestro. El Hijo de Dios es un "don del Padre" como prueba de su amor por los hombres.
A partir de la espiritualidad carismática se produce una re-evaluación de la idea de pecado y de culpa. Se pierde la concepción pesimista y negativa, y al mismo tiempo, se obtiene una mayor conciencia de las actitudes y acciones cuya condición pecaminosa se desconocía anteriormente. Se obtiene también una mayor información y formación sobre la acción y la presencia del diablo. La idea prevalente es que Satán no es una entidad o una concepción abstracta sino un ser espiritual concreto, pervertidor y pervertido, contra el cual hay que combatir en la vida cotidiana. Por ultimo, la creencia en los milagros y en las sanaciones es un elemento central del movimiento. Las sanaciones físicas y espirituales que los miembros testimonian como resultado de la fuerza de la oración comunitaria son concebidas como "manifestaciones del amor de Dios" para "llamar la atención, por parte de Dios, de aquellos hijos que están lejos de El".
2- La experiencia religiosa es primordial, dado que la fe no es evaluada idealmente sino que se concretiza en una vivencia personal y cotidiana que se extiende mas allá del grupo. En la Renovación cada persona realiza una conversión personal, que se experimenta por la primera vez para los que no se consideraban religiosos y como re-conversión para los católicos ‘medios’ o los no católicos.
Las personas generalmente toman contacto por primera vez con esta experiencia a través de una invitación de un pariente, un amigo, un conocido o un sacerdote a algún encuentro masivo o a una misa ‘carismática’. Los motivos del acercamiento al grupo están relacionados a problemas de salud, familiares, matrimoniales, de trabajo, de crisis personales, o debido a la búsqueda de Dios y de una vida espiritual más profunda. Las expectativas citadas más frecuentemente están relacionadas con la superación de estas situaciones de dificultad. El elemento fundamental de la experiencia religiosa carismática es "la efusión en el Espíritu Santo", que los miembros dicen recibir en la comunidad de pertenencia, a través de la cual se siente el amor de Dios como un don . La principal manifestación de esta "efusión" es la glosolalia, es decir el canto en lenguas desconocidas. Otros dones y carismas del Espíritu Santo son la interpretación de las profecías, la sanación física y la liberación espiritual. Las consecuencias de esta experiencia espiritual se reflejan también en el plano psicológico y social: diversas personas sostienen - mas allá del nuevo estado de alegría, de paz interior y de serenidad en que se encuentran- haber superado estados de debilidad psicológica y difíciles estados psicosomáticos. Estos elementos por otro lado han provocado las criticas de distintos ambientes religiosos (y seculares) que consideran a las reuniones carismáticas como una especie de "terapia de grupo" para personas con un estado psicológico frágil.
3- La práctica religiosa es central. El hecho de que los miembros hayan experimentado una conversión personal y que la creencia religiosa tenga consecuencias también en la vivencia personal, es decir, en la vida cotidiana implica que las practicas religiosas católicas formen parte de la experiencia religiosa de los miembros del movimiento. En efecto, los carismáticos practican regularmente los sacramentos y los preceptos católicos: participan frecuentemente en la misa, recurren a la oración personal y –sobre todo- comunitaria. Esta última, motivo principal de las reuniones semanales de los grupos, es de diferentes tipos: de alabanza, de adoración, de agradecimiento y de intercesión. La oración comunitaria y espontánea – muy similar a la pentecostal – resalta la originalidad de los grupos carismáticos al interior de la Iglesia. Entre las actividades que se desarrollan en los grupos de oración, se enfatiza la formación espiritual de los adherentes. Quienes desean iniciar el camino espiritual encuentran una rica propuesta de cursos y seminarios a su alcance. Las propuestas incluyen, por ejemplo, el seminario de preparación "a la efusión en el Espíritu Santo", y los seminarios "de crecimiento" para los miembros que después de la experiencia personal "de la efusión" continúan su formación. Los diversos cursos de actualización duran todo el año y convocan tanto a los responsables como a los miembros.
4- La pertenencia implica un compromiso mayor; seguir fielmente las practicas y una sustancial convicción en la fe. Es el elemento distintivo de la Renovación - fuertes lazos unen al miembro con el grupo, creando un importante compromiso que implica varias obligaciones para quienes adhieren. Dadora de identidad, la pertenencia está reforzada por las acciones solidarias entre los miembros, por la socialización dentro de los valores de la comunidad y por una formación religiosa que permite su mejor integración. En síntesis, la pertenencia es la dimensión que está más íntimamente relacionada a la vida colectiva-comunitaria y está determinada por la creencia, la práctica y la experiencia religiosa con consecuencias también sobre el plano de la vida privada y social.
Entre los "costos" de la pertenencia mencionados en las entrevistas se encuentra, como elemento constante, el tiempo dedicado al propio grupo o comunidad de oración, lo que lleva a descuidar a veces las relaciones familiares y sociales. Otro "costo" es la necesidad del testimonio constante de ser cristiano, lo que significa llevar una vida coherente con la espiritualidad practicada.
Hay también personas que sostienen que no existe ningún costo o sacrificio. Para ellos "los beneficios son tantos en comparación a los pequeños sacrificios que se deben hacer". Estos se pueden dividir en cuatro tipos: a) espirituales : la experiencia de una relación íntima con Dios, b) materiales : la asistencia material por parte de la comunidad a los miembros con dificultades económicas; c) de participación a una vida comunitaria - la certeza que se puede contar con "hermanos en la fe" en los momentos de dificultad, ya sean materiales o afectivos, y tener, además, la posibilidad de encontrar nuevas amistades; d)los beneficios relacionados con la " actitud positiva " que asumen los adherentes en la vida cotidiana frente a los problemas de cualquier naturaleza , así como en sus relaciones con los demás.
Un elemento que designa un compromiso mayor con el movimiento es el diezmo, es decir la oferta en dinero que el miembro ofrece a su comunidad. Esta practica, que tiene sus fundamentos en la Biblia, implica la donación del diez por ciento de los salarios ; sin embargo, varía de grupo en grupo y no constituye un requisito para la participación en la experiencia carismática -así como no existen otros requisitos para quienes se acercan por primera vez a la comunidad.
Con el tiempo, cuando las personas han iniciado su camino espiritual al interior del grupo, deben renunciar a todas las practicas religiosas precedentes, como por ejemplo, aquellas esotéricas incompatibles con las enseñanzas y el magisterio de la Iglesia. También las actitudes que no son coherentes con la moral cristiana deben ser abandonadas. Realizar una vida que mira a la santidad no es de todos modos un comportamiento a adoptar inmediatamente y generalmente se respeta el tiempo necesario a las personas que deciden vivir esta experiencia.
Cuando se les preguntó a los entrevistados en Buenos Aires y Roma sobre el significado de la pertenencia al movimiento las respuestas se dirigieron hacia una concepción basada en la gracia, en un don de Dios, hacia un compromiso con la comunidad carismática y con la Iglesia en general.
Aspectos sociales y políticos
Uno de los puntos más debatidos dentro de la Renovación Carismática es la neta distinción entre la esfera religiosa y la política. Una acusación frecuente que otros movimientos religiosos –o seculares- han dirigido hacia la práctica religiosa carismática ha sido la de representar una "fuga del mundo", a través de la cual sus miembros no precisarían realizar elecciones comprometidas a nivel socio-político.
En varias entrevistas, los lideres de alto nivel (asistentes espirituales nacionales y coordinadores nacionales, entre otros) me manifestaron su convencimiento de que la Renovacion no tendría razon de ser si no "renovaba " a la sociedad entera - empezando por la propia Iglesia Católica. Así se cumpliría el objetivo principal del movimiento, el kerigma : el anuncio de la salvación a través de Cristo –que se realizaría plenamente a través de la evangelización de todos los individuos de la sociedad.
Dentro de este esquema mayor, habría entonces distintas etapas a seguir: 1) "re-catequizar a la gente", ya que, en la opinión de mis informantes, muchos católicos no estarían bien formados espiritualmente (y por supuesto los que no lo eran o eran ateos) 2) lograr una sociedad regida por los valores cristianos. El primer paso es imperativo, porque sólo se puede evangelizar a "los de afuera" si "los de adentro están adecuadamente formados. Según mis informantes, "sólo cuando los miembros han recibido pueden dar". El compromiso político sería una consecuencia de la vida cristiana que el católico renovado ha asumido.
El punto de partida entonces, sería la conversión personal y la formación (o re-educación) religiosa, al cual le seguiría el compromiso al interior de la comunidad . Sólo cuando el individuo está correctamente formado dentro de los valores del grupo puede proponer un discurso social y en consecuencia político. La mayor parte de los grupos argentinos se encontrarían en la primera fase y los italianos, en medida apenas mayor, en la fase de la acción fuera del grupo. En el caso italiano, también ha influído que la propia Conferencia Episcopal, luego de haber reconocido a la RCC como un movimiento privado de fieles, le ha pedido explícitamente tener un mayor compromiso social y político.
La percepción de la política mas frecuente en los entrevistados en Buenos Aires es negativa por lo que ésta es dejada fuera de la experiencia personal. Seguidamente la política, en teoría, es considerada como algo positivo pero no en la practica dado que es - sostienen los carismáticos - absolutamente corrupta. En algunos casos se considera que aunque es negativa, en necesario comprometerse para mejorar la situación actual. En el caso de Roma la percepción de la política es similar a la de Buenos Aires, aunque se encuentra una mayor presencia de respuestas que indican que los cristianos "maduros" tienen el deber moral de intervenir activamente en la política .
Conclusiones
La Renovación carismática católica reúne en sí elementos originales de religiosidad: además de la dimensión emocional posee un fuerte componente comunitario que sostiene la experiencia interior y el desarrollo espiritual de los adherentes. En la R.C.C. la religiosidad vivida es también elemento de identificación colectiva. La participación en una vida comunitaria significa, para los adherentes, la certeza de que existen personas con quienes contar en los momentos de dificultad y la posibilidad de encontrar "pares" que, a través de las relaciones que se crean al interior de cada comunidad, acompañan el camino espiritual emprendido.
Otro elemento que diferencia la religiosidad carismática al interior de la Iglesia Católica es la experiencia de la conversión personal. Esta permite a sus integrantes hablar de protagonismo en la fe - el individuo se vuelve religioso por una conversión subjetiva, no por recibir pasivamente la religión por tradición familiar o cultural. La práctica se dirige hacia formas de espiritualidad individual y colectiva basadas en la oración, la lectura y la meditación constante de la Biblia.
Se realiza también una evangelización permanente, vista como formación espiritual, que tiende al desarrollo del mismo movimiento y que se ha convertido en el elemento central porque el objetivo de renovar toda la Iglesia es realizado con la difusión del mensaje cristiano a partir de un apostolado directo.
Así, el compromiso religioso del movimiento carismático conduce a una re-evaluación de la vida espiritual privada y comunitaria y puede -en un segundo momento- llevar a un compromiso social y político. El discurso del compromiso social y político en los grupos carismáticos debe considerar el hecho de que toda actividad -ya sea en ámbitos públicos o privados, sociales o individuales- del "católico renovado" está guiada por su religiosidad, por su creencia, por su formación y por su nueva identidad carismática. El primer objetivo que el movimiento se propone es el de formar espiritualmente y moralmente al cristiano, quien en consecuencia operaría en el campo político y social a través de este compromiso religioso mayor. Sin embargo en ambos países estudiados el movimiento no ha alcanzado plenamente esta última etapa deseada - su actividad social y política, en los casos que existe, está presente sólo en forma embrionaria.
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Bibliografía reciente sobre religión
Libros
Axé Mercosul: As religiões afro-brasileiras nos países do Prata. Ari Pedro Oro. Petrópolis: Vozes. 1999.
La expansión de religiones afro-brasileras en el Cono Sur desde la década del sesenta constituye un claro ejemplo de la circulación de bienes culturales que antecede en muchos años a la constitución del Mercosur. Este flujo cultural, sin embargo, fue por mucho tiempo ignorado, cuando no desdeñado o combatido, por diversos sectores de las sociedades regionales. Este libro, que abreva en abundantes datos propios y que también -por primera vez- resume y unifica investigaciones realizadas por estudiosos brasileros, uruguayos y argentinos, brinda un completo y sugerente panorama de este proceso, de sus raíces históricas, sus protagonistas, su desarrollo y de algunas de sus consecuencias sociales. Además de su valor intrínseco para la antropología y la sociología de la religión, este libro constituye, quizás, la primera etnografía sobre la transnacionalización de bienes culturales populares en el Mercosur. Se trata de un interesante estudio de caso que ilustra, al mismo tiempo, acerca de las condiciones en que se producen otros procesos de transnacionalización similares en el mundo actual.
Neopentecostais: Sociología do novo pentecostalismo no Brasil. Ricardo Mariano. São Paulo: Loyola. 1999
El libro, basado en la muy citada tesis de maestría del autor, provee una de las pioneras y más influyentes descripciones del neopentecostalismo brasileño. En su trabajo, Mariano caracteriza a este movimiento religioso, lo inserta dentro de la historia del pentecostalismo en Brasil y describe el desarrollo de las iglesias neopentecostales más importantes. Detalla, asimismo, dos de sus desarrollos teológicos (la guerra espiritual y la teologìa de la prosperidad) y analiza las modificaciones que esta variante ha introducido dentro del campo evangélico.
Caminhos de Odu. Agenor Miranda Rocha. Organización y presentación de textos: Reginaldo Prandi. Higienópolis, RJ: Pallas. 1999.
" Setenta años transcurrieron desde que en 1928, el joven filho de santo Agenor escribió, en un cuaderno, los odus del jogo de búzios … para preservar un tesoro que recibiera de su mãe de santo, la ialorixá Aninha, fundadora de los terreiros Axé Opô Afonjá de Salvador y de Rio de Janeiro. En casi un siglo de vida, el profesor Agenor convivió con las más importantes personalidades de candomblé…. Muchas copias de este cuaderno circularon entre pais y mães de santo que recurrieron al Profesor Agenor para el jogo de búzios…" (trecho de la introducción de Reginaldo Prandi). Gracias a los esfuerzos de Reginaldo Prandi, el manuscrito original fue revisado por el autor en 1998, y finalmente publicado. El libro presenta los 16 Odus del jogo de búzios con sus caminos, ofrendas, mitos y significados.
Faces da tradição afro-brasileira. Carlos Caroso y Jefferson Bacelar, orgs. Salvador: Pallas Editora. 1999.
El libro recoge los trabajos sobre religiones afro-brasileñas presentados en el V Congresso Afro-Brasileiro, realizado en Salvador, Bahía. Contiene textos de: Armando Vallado, Angela Luhning, Andrea Caprara, Carlos Caroso, Ismael Pordeus Jr., Josildeth Consorte, Maria Lina Leao Teixeira, Mundicarmo Ferretti, Nubia Rodrigues, Ordep Serra, Pierre Sanchis, Reginaldo Prandi, Roberto Motta, Ruy Povoas, Sandra Medeiros Epega, Sergio Ferretti, Vagner Goncalves, Vilson Caetano de Souza Jr. y Vivaldo da Costa Lima.
Cruce de espadas: Política y religión en México. Roderic Ai Camp. México: Siglo XXI. 1998 (1ª edición en inglés 1997).
"La obra se divide en 12 capítulos, un apéndice sobre los obispos mexicanos que ocuparon las diócesis de la república mexicana desde finales del siglo pasado hasta 1995 y un ensayo bibliográfico sobre el tema de las relaciones Iglesia-Estado. El autor continua con su interés principal: el estudio de las élites mexicanas, que ya han sido objeto de otros trabajos suyos (los empresarios, los políticos y los militares). En esta ocasión analiza a la élite católica eclesiástica: los obispos. Su estudio se centra en el papel que ellos han desempeñado en la relación de la Iglesia Católica con el Estado mexicano…." . (María Pacheco en: Religiones y Sociedad 5 : 105-106).
La religion en mouvement : Le pèlerin et le converti . Danièle Hervieu-Lèger. Paris: Flammarion. 1999.
La religión que seduce hoy a cada vez más individuos tiene pocos elementos en común con aquella en que fueron criados sus padres. Cada uno realiza un "bricolage" y da forma a su propia religión tomando en prestamo elementos de diversas tradiciones. Las figuras móviles del peregrino y del converso se superponen a la ya más clásica del practicante. Cada invididuo se fabrica una comunidad según su corazón, que substituye a la que heredó de su tradición familiar. Cada uno inventa su propio linaje creyente.
Sectes et démocratie . Françoise Champion y Martine Cohen, eds. Paris: Seuil. 1999.
En toda Europa y varios países del mundo se ha desarrollado en los últimos años un agitado debate sobre las sectas, su naturaleza, su conceptualización, su influencia y su rol en las sociedad actual. Asistimos actualmente a una mundialización de la expansión de estos grupos, así como de la controversia que suscitan. Los autores reunidos en el libro analizan el debate contemporáneo sobre las sectas en Francia y en Europa, discutiendo aspectos generales y realizando estudios de casos. El volumen reúne trabajos de Jean Baubérot, Roland Campiche, Danièle Hervieu-Léger, Massimo Introvigne, Enzo Pace y Jean François Mayer –entre otros reconocidos especialistas en el estudio de la religión.
La religión à La Havane . Kali Argyriadis.. Paris: Editions des Archives Contemporaines. 1999.
El libro parte de la constatación de que los habitantes de La Habana practican, crecientemente, de manera complementaria y simultánea, Santería, Palo Monte, Espiritismo y un catolicismo pragmático, englobando a este conjunto de prácticas bajo el término genérico de "religión". La autora muestra la existencia efectiva de un sistema de representaciones común a este conjunto de prácticas y descifra su dinámica interna. De modo más general, analiza las repercusiones sociales y políticas de este fenómeno en un momento en que la isla de Cuba atraviesa una crisis sin precedentes.
Pentecostalism in Brazil: Emotion of the poor and theological romanticism. André Corten. Hampshire, Inglaterra: Macmillan. 1999. (edición en francés: 1995 y edición brasilera: 1996)
Una mezcla de metodismo y de cultura religiosa africana, el pentecostalismo incentiva las pasiones de los sectores brasileros más pobres. La conversión al pentecostalismo se experimenta como una ruptura súbita que transforma radicalmente la vida de estos sectores de la población. El pentecostalismo es una utopía igualitaria, de amor y emoción que se teatraliza durante los servicios religiosos. Sin embargo, también se caracteriza por rasgos autoritarios . Lentamente, esta religión cambia los fundamentos de las categorías políticas occidentales.
Born Again in Brazil: The Pentecostal Boom and the Pathogens of Poverty. R. Andrew Chestnut. New Brunswick, Rutgers University Press, 206 págs. 1997.
"La investigación del historiador Andrew Chestnut en la ciudad de Belem, en el Nordeste brasileño, lo lleva a rechazar la noción de que el Pentecostalismo es atractivo por el acercamiento del milenio (las enseñanzas apocalípticas no son un tema importante en sus entrevistas) ni cree que los conversos estén sufriendo anomia o escondiéndose de la policía. Los conversos pentecostales brasileños ‘procuran soluciones inmediatas a sus problemas de salud originados por la pobreza’. ....Chestnut concuerda con otros estudiosos respecto de que el [mayor] atractivo del Pentecostalismo sobre el Catolicismo tradicional, está basado, irónicamente, en los requisitos demandados para ser pentecostal. (...) Su argumento se encuentra fuertemente respaldado por medio de anécdotas y citas de 90 entrevistas con pentecostales en Belem." (Anne Motley Hallum. Stethon University, en: Review of Religious Research 40 (2): 179-180)
Alternative religions among European Youth. Luigi Tomasi, ed. Aldershot, Inglaterra y Brookfield, USA: Ashgate. 1999.
El libro brinda un panorama de varias concepciones no convencionales de lo sagrado sostenidas por la juventud europea. Analiza la creciente distancia entre las doctrinas religiosas tradicionales y las creencias de los jóvenes de Francia, Austria, Holanda, Inglaterra, Alemania, Polonia, Rusia e Islandia. Utilizando nuevos datos estadísticos y una sólida perspectiva teórica, el libro examina las razones del crecimiento de nuevos movimientos religiosos entre los jóvenes y examina si este desarrollo de religiosidad alternativa se debe al rechazo de diversos segmentos de la población europea de la aceptación de creencias religiosas tradicionales. El libro reúne los resultados de ocho investigaciones originales y brinda un detallado y documentado análisis del creciente número de jóvenes europeos que se ven atraídos por religiones alternativas.
Sociology and religions: An ambiguous relationship. Liliane Voyé y Jaak Billet, eds. Lovaina: Kadoc Studies 23 – Leuven University Press. 1999.
¿Cómo son las relaciones entre la sociología y las diferentes religiones? Esta es la pregunta que este libro –originado en la XXV Reunión de la SISR- intenta responder. Las diversas contribuciones al volumen reseñan la variada y en ocasiones problemática historia de estas relaciones y revela también como , al abrirse hacia otras religiones no cristianas, la sociología se vio forzada a redefinir el propio objeto de su campo de estudio. Qué es lo religioso? Esta pregunta atraviesa los diferentes artículos y muestra la necesidad de repensar teorías y perspectivas metodológicas que, construídas en el contexto de la Europa occidental de los siglos XIX y XX, parecen algo inadecuadas para entender fenómenos religiosos contemporáneos o que suceden en contextos diferentes del mencionado. El libro reúne trabajos de: E. Poulat, K. Dobbelaere, J. Remy, R. Campiche, David Martin, B. Wilson y E. Barker –entre otros especialistas europeos.
Encyclopedia of religion and society. William Swatos, editor general. Londres: Altamira Press (Sage). 1998.
El volumen tiene 800 páginas, 500 ítems referenciados y un índice detallado. Ciento nueve académicos de distintos países han contribuido con notas o con cortos ensayos sobre distintos temas, conceptos y autores. Peter Kivisto, Barbara Denison y James McClenon son los editores asociados del proyecto, y el comité editorial del mismo incluye a David Bromley, Roberto Cipriani, James Davidson, Grace Davie, Paul Johnson, Edward Lehman, Armand Mauss y Joseph Tamney.
The New Age Movement: The Celebration of the Self and the Sacralization of Modernity. Paul Heelas. Oxford y Cambridge, Massachusetts: Blackwell Publishers, 266 págs, 1996.
"El libro de Heelas está dividido en 3 secciones. La primera plantea las cuestiones de definición, background histórico e importancia del movimiento de Nueva Era; incluye estimaciones del número de personas involucradas y el rol de la Nueva Era como un recurso cultural y político. La segunda sección (...) discute Nueva Era y modernidad. La tercera sección examina las consecuencias de la Nueva Era para el individuo, preguntando si y cómo ‘funcionan’ las prácticas e ideologías de la Nueva Era. (...) La principal contribución de Heelas está en la sección media del libro, donde examina el fenómeno de la Nueva Era en relación a la teorías de modernidad. (...) Una gran ventaja del libro es el inmenso número de referencias, que lo hacen una buena elección para quienes buscan información adicional sobre temas relacionados con la Nueva Era." (Liselotte Friisk, Umca University, Suecia, en: Journal for the Scientific Study of Religion 37 (1) 1998)
Africa’s Ogun: Old World and New. (2da edición aumentada) Sandra T. Barnes, editor. Bloomington and Indianapolis. Indiana University Press. 389 págs. 1997.
"Publicado originalmente en 1989, el libro fue elogiado por la calidad,
variedad, riqueza y erudición de sus artículos, tanto como
por la integración del volumen como un todo. (...) En esta nueva
edición, Barnes enfrenta los problemas de envergadura histórica
y de cobertura del Nuevo Mundo, en dos formas. Primero, ha escrito una
nueva y bastante incisiva introducción que ubica ejemplos recientes
de lo que ella llama "Ogun en movimiento" -esto es, instancias de creación
y adaptación continuas de Ogun en Africa y en el Nuevo Mundo- dentro
del contexto socio-religioso del final del siglo XX. (...) Segundo, ha
añadido cinco nuevos artículos que tratan las transformaciones
recientes de Ogun en Africa y en otras partes. Así, la 2da edición
está dividida, según líneas temáticas, en 3
partes. Las dos primeras -’La historia y expansión de Ogun en el
Viejo y el Nuevo Mundo’ y ‘El Significado de Ogun en Ritual, Mito y Arte’-
son idénticas en forma y contenido a los de la primera edición.
La tercera parte, ‘Transformaciones de Ogun’, contiene los nuevos artículos,
cada uno de los cuales hace una contribución substancial al conocimiento
sobre Ogun." (Hugh R. Page Jr, University of Notre Dame, en: Journal
for the Scientific Study of Religion 37 (2): 378-380. 1998)
Sobre el Milenio
Algunos más o menos novedosos, renombrados o accesibles libros sobre el tema de debate actual:
Millenium, messiahs and mayhem: Contemporary apocalyptic movements. Thomas Robbins y Susan Palmer, eds. Nueva York: Routledge. 1997.
El mito milenarista está profundamente arraigado en la cultura norteamericana, y continuamente genera nuevos movimientos sociales que a su vez lo reformulan. El libro examina varios tipos de movimientos milenaristas –económicos, raciales, ecologistas, feministas, y los que derivan de las iglesias establecidas. Los editores juntan aquí trabajos que consideran el impulso apocalíptico en la sociedad contemporánea, sus conexiones con las iglesias tradicionales y el rol de la violencia y la confrontación en grupos milenaristas contemporáneos. Una larga lista de conocidos sociólogos de la religión –mayormente norteamericanos- contribuyen trabajos, entre ellos: Robert Balch, Michael Barkun, David Bromley, Massimo Introvigne, Anson Shupe, Catherine Wessinger y los propios editores.
Arguing the Apocalypse: A theory of millenial rhetoric. Stephen O’Leary. New York: Oxford University Press. 1994.
En este influyente trabajo, O’Leary proporciona una nueva perspectiva para el tradicional tema de estudio de las ciencias sociales, proponiendo una explicación retórica para el atractivo del milenarismo. Utilizando ejemplos antiguos y modernos de retórica apocalíptica , el autor identifica los patrones recurrentes en los textos y movimientos apocalípticos y muestra por qué el Apocalipsis cristiano ha sido utilizado para apoyar una variedad de posiciones políticas. El libro concluye con una reseña crítica de las más recientes apariciones de escenarios apocalípticos en la política y cultura norteamericanas , así como una reflexión sobre el significado del Apocalipsis en la era nuclear.
When time shall be no more: Prophecy belief in modern american culture. Paul Boyer. Cambridge, MA : Harvard University Press. 1992.
Boyer, profesor de historia en la Universidad de Wisconsin, muestra las múltiples maneras en que la creencia apocalíptica penetra a la moderna cultura de masas norteamericana. Para ello examina 300 libros proféticos –en su mayoría de autores evangélicos, algunos de los cuales llegaron a ser best-sellers- periódicos religiosos, newsletters milenaristas , así como los textos de conferencias de profetas de reconocida influencia en su país.
La teoría del Apocalipsis y los fines del mundo. Malcolm Bull, ed. México: Fondo de Cultura Económica. 1998 (1ª ed. en inglés 1995).
Este volumen reúne una serie de conferencias pronunciadas en 1993 en el Wolfson College (Inglaterra) y algunas colaboraciones posteriores, cuyo tema es la filosofía de la historia desde un punto de vista apocalíptico. Los colaboradores examinan algunas de las abundantes teorías y creencias respecto del fin del mundo, desde las escatologías religiosas representadas por Zoroastro, el apocalipsismo cristiano temprano, San Agustín, la "inminencia sicológica" del Juicio Final durante la alta Edad Media y el ambiente político reformista de las expectativas milenarias entre protestantes y judíos en el siglo VII, hasta los distintos discursos seculares, como el movimiento romántico, la literatura apocalíptica o el "milenarismo devaluado" de los profetas de la condenación del siglo XX. La premisa fundamental del volumen es que las versiones religiosas y seculares presentan suficientes conexiones que justifican su análisis dentro de un mismo contexto . Se debate sobre la cuestión de si las filosofías seculares de la historia se desarrollan a partir de una secularización de la escatología cristiana.
El Anticristo: Dos milenios de fascinación humana por el mal. Bernard Mc Ginn. Barcelona: Paidós. 1997 (1ª ed. en inglés 1994).
Construida sobre la base de una combinación de mito, historia y leyenda, la imagen del Anticristo ha estado siempre al servicio de la necesidad humana de comprender la persistencia del mal en el mundo. Pero a su vez, y a causa de su carácter absoluto como cosmovisión, ha sido fuente y origen de grandes catástrofes, especialmente en forma de persecución a las demás religiones. McGinn recorre las huellas de la leyenda, desde el cristianismo primitivo hasta su más amplia difusión en la baja Edad Media y el siglo XVI, y analiza su evolución a lo largo de los siglos, examinando cómo ha obsesionado a la imaginación popular tanto en forma de individuos –Nerón, Napoleón o Sadam Hussein- como de grupos –judíos, herejes, musulmanes- considerados todos ellos como graves amenazas sociales.
Cosmos, chaos and the world to come: The ancient roots of apocalyptic faith. Norman Cohn. 1993 (recientemente traducido al español).
El autor del clásico libro "En pos del milenio" (The pursuit of the millenium) nos lleva dos mil años hacia el pasado, hacia las cosmovisiones del antiguo Egipto, Mesopotamia y la India, y hacia las innovaciones propuestas por profetas y sabios iraníes y judíos , así como a las primeras visiones cristianas del cielo en la tierra, iluminando un importante punto de inflexión en la historia de la humanidad.
El fin del tiempo: Fe y temor a la sombra del milenio. Damian Thompson. Madrid: Taurus. 1998 (1ª ed. en inglés 1996).
En un libro de difusión pero que puede resultar interesante también para los académicos, Damian Thompson –ex corresponsal de asuntos religiosos del Daily Telegraph- brinda un claro panorama general de la historia de esta creencia , y de cómo se manifiesta en la sociedad moderna en distintas agrupaciones religiosas: pentecostales, evangélicas, católicas, new age, nuevos movimientos religiosos.
Milenio: Guía racionalista para una cuenta atrás arbitraria pero precisa. Stephen Jay Gould Mc Ginn. Barcelona: Grijalbo. 1998 (1ª ed. en inglés 1997).
En esta obra de difusión el famoso escritor se pregunta: Qué
es el milenio? Por qué una profecía apocalíptica ha
acabado confundiéndose con un período de mil años?
Cuándo empieza el próximo milenio: el 1 de enero del año
2000 o el del 2001? Por qué –según el autor- nos fascinan
las grandes cifras redondas del calendario, si no tienen ningún
significado en relación con el funcionamiento del universo?
Articulos en revistas (1998)
Revistas reseñadas:
Journal for the Scientific Study of Religion (EEUU); Sociology of Religion
(EEUU); Review of Religious Research (EEUU).
Revistas Latinoamericanas
* Numen 2 (Minas Gerais, Brasil)
El segundo número de Numen: revista de estudos e pesquisa da religião , publicación semestral editada por el Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião de la Universidade Federal de Juiz de Fora (Minas Gerais, Brasil) y por el Núcleo de Estudos e Pesquisa da Religião de dicha universidad, trae los siguientes artículos:
- O surgimento da Hermenêutica (1900) – William Dilthey.
- Hermenêutica e religião a partir de Paul Ricoeur - Eduardo Gross.
- A sedição do secular na religião: Uma análise da obra de Friederich Gogarten – Luís Dreher.
- Da pós-secularização: notas sociológicas - José Bittencourt Filho.
- Tornando-se tarólogo: Percepção "racional" versus percepção "intuitiva" entre os iniciantes no Tarot no Rio de Janeiro - Fátima Gomes Tavares.
- El Cristo cósmico: La superación del antropocentrismo
– Leonardo Boff.
* Religiones y Sociedad 5 (México).
El último número de esta revista (enero/abril de 1999), dirigida por Roberto Blancarte y editada por la Subsecretaría de Asuntos Religiosos de México, está casi íntegramente dedicada a la visita de Juan Pablo II a aquel país.
- Juan Pablo II y México: reflexiones en torno a los encuentros. Judith B. Liwerant.
- Las visitas papales y su repercusión en el ordenamiento jurídico mexicano. José S. Fernandez .
- El Sínodo para América (nov.-dic. de 1997). Luis Ramos.
- Impresiones de la cuarta visita del papa Juan Pablo II. Bernardo Barranco.
- La danza de los símbolos: El carisma del papa entre la posmodernidad y el catolicismo popular. José G. Martinez.
- La refundición de los conventos de monjas: Un episodio en el proceso de aplicación de las leyes antieclesiásticas a las órdenes religiosas femeninas. Elisa S. Guerra.
- Medios de comunicación y regulación sociocultural del campo religioso. Roland Campiche.
- La cuarta visita de Juan Pablo II a México en la prensa:
Cifras. S/A.
El estudio de la religión en América Latina: Actividades
Investigación "Do púlpito à mídia: A ética sexual e a contracepção entre os pentecostais
Los resultados parciales de la investigación "Do púlpito à mídia: a ética sexual e a contracepção entre os pentecostais" están disponibles en el site http://culturabrasil.art.br/mulherpentecostal.
Allí se encuentran: el proyecto de investigación, cinco informes preliminares, 42 gráficos y resúmenes de cuatro artículos producidos en función de estos datos. Existen abstracts o introducciones en inglés de todo el material presentado. El site será periódicamente actualizado.
La investigación fue dirigida por la Dra.
Maria das Dores Campos Machado, profesora de la Escola de Serviço
Social, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Grupo Interdisciplinario de Investigación en Sociologia del Protestantismo – Universidad Metodista de São Paulo
El curso de Pós-Graduação em Ciências da Religião, de la Universidade Metodista de São Paulo formó un Grupo Interdisciplinario de Investigación en Sociologia del Protestantismo – GIPESP que realizará investigaciones sobre "Protestantismo y Cultura – El protestantismo, sus adecuaciones, conflictos, metamorfosis en situaciones de modernidad y de pos-modernidad ". Este Proyecto de Investigación tiene una duración prevista de cuatro años y está inscriptos en el área de investigación "Sociología de las instituciones y movimientos religiosos".
El Grupo está coordinado por los doctores Antonio Gouvea Mendonça y Leonildo Silveira Campos. Forman parte del grupo los siguientes investigadores, que ya está trabajando en los temas indicados :
Curso : Sociología cualitativa y sociología visual aplicadas al fenómeno religioso. Utilización de paquetes informáticos en la investigación cualitativa
El Dr. Roberto Cipriani (Universitá di Roma) dictó un curso de perfeccionamiento de posgrado en la Universidad de Buenos Aires, del 23 al 27 de agosto de este año.
La actividad fue organizada por la Dra. Verónica
Roldán (coordinación general); el Lic. Leonardo Moretta (coordinación
operativa) y el Dr. Fortunato Mallimaci (Programa de intercambio UBA-Universitá
di Roma). Contó con el auspicio de la revista Sociedad y Religión,
del área Religión y Pobreza del CEIL (Centro de Investigaciones
Laborales del CONICET) y de la Asociación.
Conferencias
Con la organización de Maria Julia Carozzi -y gracias a las gestiones de Catalina Saugy y de Pablo Wright - se llevaron a cabo dos conferencias auspiciadas por la Asociación en el Instituto Nacional de Antropología y Pensamiento Latinoamericano.
En la primera, la Dra. Lydia Nakashima Degarrod , antropóloga chilena y pintora radicada en EEUU (actualmente en el Center for Latin American Studies, de la University of California, Berkeley) dictó la conferencia "De la Narración a la Imagen: pintando sueños mapuches de cielos".
En la segunda, el Dr. Matt Marostica , del Departamento de Ciencias
Políticas de la Brigham Young University (EEUU) se refirió
al tema "Teorías de complot y la participación política:
Paranoia masiva o análisis popular? ".
Coloquio Internacional sobre Religión y Sociedad: Las Religiones en Contextos Multiculturales
Organizado por la Asociación Latinoamericana para el Estudio de las Religiones (ALER), dicho congreso se llevó a cabo en la Escuela Nacional de Antropología e Historia de México, desde el 31 de mayo al 4 de junio de 1999. (Información adicional: masfer@netservice.com.mx)
Conferencias inaugurales. Moderador: Isabel Lagarriga (DEAS-INAH). Lawrence Sullivan (U. de Harvard): Sistemas religiosos en contextos globalizados. El ejemplo de la ecología; Elio M Kan (ENAH-INAH): La multiculturalidad y la globalización. Las teologías transdenominacionales; Manuel Marzal (U. Católica de Lima): Números y categorías en la religión del Perú de hoy
Panel: Sistemas míticos, proyectos religiosos y sistemas políticos. Coordinadora: Laura Collin (ENAH-INAH) - Comentarista: Rodolfo Soriano (UAM-A). PANELISTAS: Carlos O. Rodríguez (ENAH-INAH): Cuerpo, religión y política en los movimientos mesiánicos (un caso colombiano); Josefina Moguel (Centro Condumex): El sufragio efectivo de Madero a Almazán. Un mito de la Revolución Méxicana; Pedro A Fernández (CIESAS del Golfo): Impacto de la persecución religiosa en la organización social en Veracruz; Pilar Calveiro (UIA): La religiosidad: sumisión y resistencia en las relaciones de poder; Maria A Leitao (U.F.R. de Pernambuco): Iglesias, rebeldes y Franco en el Periódico Fronteira; María A de Almeida (U.F.R. de Pernambuco): Laicismo e Imaginario: a Revoluçao Mexicana e seu impacto no Brasil; Laura Collin H. (ENAH-INAH): Mito, arquetipo y prototipo (un esquema cognitivo en la Revolución Mexicana).
Panel: Dos instituciones de la Contrarreforma: La Compañia de Jesus y la Inquisición . Coordinadora: Celia da Silva Tavares (UERJ-FFP). PANELISTAS: Daniela B Calainho (U. F. Fluminense): Inácio de Loyola; Pedro P de Campos (U.F. Fluminense): Antônio Vieira; Celia da Silva Tavares (UERJ-FFP): Gabriel Malagrida; Agnieska Dylawerska (U. A. E. de Morelos): La Congregación de Propaganda Fide contra la Inquisición Novohispana: el juicio al franciscano Fray Jorge de Santa María en Manila (Siglo XVII); Dorota Bienko-Peralta (ENAH-INAH): Los lugares peligrosos. La presencia del demonio en el imaginario conventual poblano del siglo XVII
Sesión: Santuarios, cofradías y peregrinaciones. Moderador: José V Toro (U. Veracruzana) - Comentarista: Alicia Bazarte (IPN - ENAH-INAH). PANELISTAS: Francisco Castro (DICPA-INAH): Los sustratos mesoamericanos del culto mariano: Persistencia, pérdida, síntesis y resignificación; Yolanda A Lopez (UDLA-Puebla): Peregrinación, communitas y experiencia; Anabell R Apreza (ENAH-INAH): Análisis simbólico de la Peregrinación de la Virgen de los Remedios a la Ciudad de México; María C Reyna (DEH-INAH): El santuario de los Remedios. Siglos XVI-XX; Sergio S Cruz (CRP-INAH-ENAH): El Santuario de Nuestra Señora de los Remedios en Cholula, Puebla; Ana Valero (ENAH-INAH): La Archicofradía de Nuestra Señora de Guadalupe. Caridad, devoción e identidad; Luis Varguez (U. A. de Yucatán): De vírgenes y apariciones. Representaciones religiosas entre los mayas y clases populares de Yucatán; Andrés R Molina (UAM-I- DA): La Virgen María: Redentora de los bogotanos ricos.
Sesión: Santuarios, cofradías y peregrinaciones. Moderador: Andrés Ríos (UAM-I) - Comentarista: Carlos Garma (UAM-I). PANELISTAS: Katia C Hernández (ENAH-INAH): El Santuario de San Miguel del Milagro; Jorge Perez (ENAH-INAH): Religiosidad popular e intercambio ceremonial multiétnico ; Guillermo C Rivas (CIIDR-UAT): Redes supracomunitarias socioreligiosas en Tlaxcala rural; José V Toro (U. Veracruzana): El Santuario de Otatitlán en la historia y la mentalidad de los peregrinos; Guadalupe V Montero (U. Veracruzana): La organización de la Peregrinación General Corporada de Oriente al Santuario del Cristo de Otatitlán, Veracruz; Genny N Sierra (FCA-UADY): Religión y control social en Yucatán. El culto del Cristo de las Ampollas; Aurora C. Escalona (U. A. de Querétaro): Pervivencia ideológica en prácticas religiosas. El caso de los otomíes de Tolimán, Qro; Paolo Giuriati (C. E. S. R. –Padova): El fenónemo de las peregrinaciones contemporáneas en la Iglesia Católica. Un análisis comparativo.
Panel: Diversidad religiosa en México. Coordinador: Carlos Garma Navarro (UAM-I) - Comentarista: Elio Masferrer Kan (ENAH-INAH). PANELISTAS: S. C. Muñoz (ENAH-INAH): Diversificación y carisma en Hueyapan, Morelos; Josue Tinoco (UAM – I): Religiosidad y Tolerancia : un conflicto latente; Carolina R Farfan (UNICACH): Hay que ir a donde está la gente. Los evangélicos en el valle de Pujiltic, Chiapas; Milca de la Rosa (BUAP): La resolución de un conflicto de significación religiosa en Puebla; José M Hernández (IIS-UABC): Los Testigos de Jehová y sus hijos desde la óptica de los docentes de educación básica. El caso de Baja California; Antonio Higuera (UAQR): Los Testigos de Jehova, la organizacion tras el nombre; Paulo Maya (UAEM): La religión como determinante de la desnutrición de los preescolares en Hueyapan (Comunidad indígena de Morelos); David Knowlton (Human Pursuits): Mormonismo en el entorno multicultural boliviano, una exploración de su postura y dinámicas; Carlos Garma (UAM- I): Profecia y Exorcismo,los dones relegados del pentecostalismo mexicano; Anatilde Idoyaga (CAEA) Alcances y límites del pentecostalismo en la Puna Jujeña (Argentina); Marion Aubree (EHESS): El <milagro> neo-pentecostal: de la ética al pragmatismo
Panel: Diversidad religiosa en México . Coordinadora: Elizabeth D Brenis (ENAH-INAH) - Comentarista: Elio Masferrer Kan (ENAH-INAH). PANELISTAS: Carlos Villegas (ENAH-INAH): Buscando un alma gemela: la pareja en la New Age; Paloma E. Gonzalbo (ENAH-INAH): Del origen del sentimiento religioso a las nuevas religiones; Sergio Schmucler (ENAH-INAH): New Age. De la revuelta hippie a la tecnoutopía (una ideología para tiempos neoliberales); Elizabeth D. Brenis (ENAH-INAH): New Age: Entre el discurso y la práctica; Julieta Espin (ENAH-INAH): La pluralidad de las prácticas religiosas y la tradición esotérica; Rosario Mendoza (UAM – I): Curacion y Sanacion en Psicocibernética Esenios; Daisuke Inoyuye (IIA-UNAM): Trayectoria de una asociación budista japonesa, la Soka Gakkai
Panel: La multiculturalidad en el mundo indígena. Coordinadora: Lourdes Baez (ENAH-INAH)- Comentarista: Saúl Millán (ENAH-INAH). PANELISTAS: Isabel R. Vivas (UAM-I- DA): Aktsiní y San Miguel: Dos deidades totonacas en un contexto actual ; Lori Eldrige (UDLA-Puebla): Antepasados y tradiciones en la Comunidad de San Andrés, Cholula; M. T. Rodríguez (CIESAS del Golfo): Ritual, identidad y transformaciones locales en un espacio interétnico; Esperanza P. Belman (ENAH-INAH, U. Chih.) Ciclo de vida y consumo de maíz en la construccion de la persona mazateca; Lourdes B Cubero (ENAH-INAH): Diagnósis onírica y curación (Nahuas de la Sierra Norte de Puebla); María E. Olavarria (UAM-I): Mito e icono en el sistema de actores rituales yaquis; Stanislaw Iwaniszewski (Museo Arqueológico Estatal, Varsovia y ENAH-INAH) : "Qué en verdad no faltó el agua consagrada..." El agradecimiento después de las lluvias en Nepopualco; Tim Knab (UDLA-Puebla): Caciques, nahuas y totonacos. El contexto social de una tradición prehispánica multicultural. La guerra de los brujos; Magali Demanget (U. de París X) : María Sabina, "Sabia " mazateca o "Chaman" de los otros; Anatilde Idoyaga (CAEA) : La interpretación nativa de la historia. Un estudio comparativo de tres grupos sudamericanos.
Sesión: Pluralismo católico . Moderador: Isabel Lagarriga (DEAS-INAH) - Comentarista: Manuel Marzal (U. Católica de Lima). PANELISTAS: Antonio Zirión, Bárbara Fragoso, Ivette Chiclona (ENAH-INAH): De lo árido a lo húmedo: la multireligiosidad en la contienda por los espacios simbólicos urbanos entre el cuadrante de la Soledad y el mercado de Sonora; Carlos Tur Donatti (DEAS-INAH): Regiones geograficas, estructuras sociales y catolicismos en Perú; Aura Arriola (DEAS-INAH) La religiosidad popular en la frontera sur de México; Marcela Dávalos (INAH): De los feligreses a los ciudadanos: una conversión en la ciudad de México (siglos XVIII-XIX); Dolores Rojas (INAH): Laicización en el matrimonio católico (siglos XVIII-XIX); Eileen Mulhare (Colgate University) Círculos de devoción: alfabetistmo y el rosario en el catolicismo popular; Sandra Chavez (UAM – I): Segunda Evangelizacion y Conflicto entre iglesia catolica y comunidades indigenas; Luis Jimenez (INI): Religiosidades en conflicto: los símbolos en disputa; Ludmila Garcia (UIA): Teologías encontradas. Tradición y renovación en la Cuba Postrevolucionaria; Ana Salazar (IIA-UNAM): Catolicismo y resistencia popular en Tepoztlan.
Sesión: Pluralismo católico . Moderador - Comentarista: Artemia Fabre. PANELISTAS: Ana P Barale (UAM-A) Nuevos actores sociales en las prácticas radiofónicas de América Latina; Silvia B Calva (CIEMA A.C): El Catolicismo: ¿ Una fuente de sentido para la nacionalidad mexicana?; Victor Muro (UAQ): El milenarismo católico; Rodolfo S Nuñez (UAM-A): El caso del Episcopado mexicano.
Panel: Género y Religión . Coordinadora: Sylvia Marcos (Union Theological Seminary, New York). PANELISTAS: Lilia G Vázquez (UAM-A): Concepción C de Armida y Conny Méndez, nuevas actrices en el campo religioso; Sylvia Marcos (UTS, New York): Propuesta metodológica para el estudio de las tradiciones religiosas orales; Marie-Ange Etayo-Pinol (U. Jean Moulin- Lyon 3): Cultura, persona y progreso; Karen Torjesen (Clairmont University) When Women Where Priests: Legal or Illegal; Rosalind Hackett (Tennessee University) Seeing the Unseen: Gender and visual religion en Africa
Sesión: Globalización y religiones amerindias. Moderador: Laura Collin (ENAH-INAH) - Comentarista: Alfredo Maya (UAEM). PANELISTAS: Maria Zurita (U. N. de Tucumán): Cultos del mundo andino que perviven a las puertas del 2000; Elizabeth G Torres y Victor A Martinez (ENAH-INAH) In Kaltonal La Casa del Sol. Iglesia del Movimiento de la Mexikayotl; Bonnie Mitchell-Green (Yavapai College): "Cuando suenan los tambores": Aspectos religiosos del Powwow que fortalecen la cultura de resistencia de los indígenas de los EEUU; Alberto Groisman (U. de Londres): Las religiones de la Ayahuasca en Europa. El caso del Santo Daime; Eduardo Espinosa (ENAH-INAH) : Personalidad religiosa afrocubana y sociedad nacional; Pablo Wright (U. de Buenos Aires) Religiones indígenas y crítica postcolonial; June Macklin (U. de Connecticut): Nuevo vino en odres viejos. Movimientos religiosos reciclados, eclécticos y postmodernos
Panel: Different Religious Approaches to Death. Coordinadora: Anneris Goris (Brooklyn College) - Moderadora: Sylvia Marcos. PANELISTAS: Anneris Goris (Brooklyn College): Hablando sobre/de la Muerte; Anibal A Mederos (Centro de I. Psicológicas y Sociológicas, La Habana-Cuba): La Muerte en la Regla Ocha; Luis León (Carleton College): The Many Deaths of Santa Teresa Urrea; Andrés Perez y Mena (Long Island U.): Hablando con nuestros muertos llegamos a nuestra cultura; J. Katia P Castañeda (INAH): La Santa Muerte protectora de los hombres; Irene Muria (Psicología-UNAM): La concepción religiosa de la muerte en niños y adolescentes de dos culturas: España y México; Felipe V Palacios (CIESAS-GOLFO): Los modos de morir y las formas de vivir entre los pentecostales; Isabel Lagarriga (DEAS-INAH): Entre los vivos y los muertos. Vida cotidiana y ritual en un pueblo de la ciudad de México.
Congresos
Rio de Janeiro, Brasil, 21 al 24 de septiembre de 1999.
Comisión Organizadora: Coordinadoras: Maria das Dores Campos Machado (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) y Clara Mafra (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Miembros: Peter Fry y Regina Novaes (IFCS/UFRJ); Nair Muls y Rubem Cesar Fernandes (ISER); Aparecida Vilaça y Otavio Velho (PPGAS/MN/UFRJ); Patricia Birman y Patricia Monte Mor (UERJ); Marisa Soares (UFF); Marcelo Camurça (UFJF).
Información: ixjornadas@alternex.com.br
WEB PAGE (con papers): http://www.ifcs.ufrj.br/jornadas
Prophets and Predictions. Reunión anual del Sociology of Religion Study Group de la British Sociological Association.. 29 de marzo -1 de abril del 2000. Exeter, Inglaterra . Org: Grace Davie, Dept. of Sociology, University of Exeter, Exeter EX4 4RJ . Fax: 44-(0)1392-263285 . EMAIL: G.R.C.Davie@ exeter.ac.uk.
VII International Conference on Socio-Anthropological Studies. ALER (Asociación Latinoamericana para el Estudio de la Religión) y Centro Richerche Socio-Religiose de Padova. Padua, Italia . Junio 30-Julio 5 del 2000. Inf: CRSR (Centro Richerche Socio Religiose), via Seminario 29, 35122 Padova, Italia. FAX: 0039-049-876-1934. EMAIL: crsr@gpnet.it . El congreso se realizará en combinación con otros dos eventos: 1-Un Seminario sobre Religion, Cultura, Sociedad y Asentamientos Humanos (junio 26-29) y 2- un Encuentro Internacional de Teatro y Cine Antropológico (durante los dias del seminario y del congreso). Para información sobre este último encuentro: CSE (Centro Studi Sull’Etnodramma), via M. Carboni 17/1, 35043 Monselice (PD), Italia. EMAIL: ethnicdrama@intercity.it
2000 Meeting: Association for the Sociology of Religion. 10-13 de agosto. Washington , Estados Unidos . Tema: Religion and global society . Información: ASR Program Chair. Randal Hepner. Dept. of Anthropology, 354 Baker Hall, Michigan State University , East Lansing, MI 48224-1118, EEUU. EMAIL: hepnerr@pilot.msu.edu DEADLINE para abstracts : 15 de febrero de 2000.
CESNUR's 14th. International Conference. 29-31 de agosto del 2000. Riga, Latvia. Tema: New religiosity in the 21st century. Org: CESNUR (Centro Studi sulle Nuove Religioni), Torino, Italia . Inf: CESNUR/ Via Juvarra 20 - 10122 Torino - Italia. Fax 39-11-539563. EMAIL: cesnur@ tin.it. Deadline para abstracts: 15 de febrero del 2000.
2000 Meeting: Society for the Scientific Study of Religion. 19-22 de octubre. Houston, Texas, Estados Unidos. Tema: Religion and transnationalism: Challenges of the 21st century. Inf: Peter Beyer. Dept. of Classic and Religious Studies. University of Ottawa, 70 Laurier Av. East, Ottawa, Ontario. Canada KIN 6N5. FAX: 1-613-562-5991. EMAIL: Pbeyer@ uottawa.ca DEADLINE para abstracts : 15 de marzo del 2000. Información en internet: http://fhss.byu.edu/soc/sssr/index.html .
2000 Meeting: Religious Research Association (en conjunción con la anterior). 19-22 de octubre. Houston, Texas, Estados Unidos. Tema: Gender, religious organization and practice. Inf: Paula Nesbitt, RRA Program Chair, Dept. of Sociology , University of Denver, 2040 S. Race St., GCB 433, Denver, CO 80208 . FAX: 1-303-871-2090. EMAIL: pnesbitt@du.edu DEADLINE para abstracts : 15 de marzo del 2000.
Congreso Internacional de Americanistas. Varsovia, 10-18 julio del 2000. DEADLINE abstracts : 31 de diciembre de 1999. Website: http://www.cesla.ci.uw.edu.pl/50ICA. Email: 50ica@cesla.ci.uw.edu.pl
Paneles sobre religión:
FIL-2 "La utopia para America y los desafios del siglo XXI". Coordinacion : Horacio Cerutti-Guldberg, CCyDEL (UNAM), Torre de Humanidades II, 8 piso, Ciudad Universitaria, 04510 Mexico DF, Mexico; tel/fax: 525-6230219; e-mail: cerutti@servidor.unam.mx. Co-coordinadores : Oscar Aguero. IFCH Univ. Federal do Rio Grande do Sul, Brasil; fax: 55-51-3364500; e-mail: oscarf@if.ufrgs.br - Fernando Ainsa, France; fax: 331-45685739; e-mail: <f.ainsa@unesco.org>
FIL-5 "Religiones en America Latina y el Caribe al advenimiento del siglo XXI". Coordinacion : Johannes Meier, Universität Mainz, Fachbereich 01 – Katholische Theologie Seminar fur Kirchengeschichte, Forum 6, Raum 01-628, D-55099 Mainz, Germany; fax: (49-6131) 392596, tel: (49-6131) 394300; e-mail: Johannes.Meier@uni-mainz.de. Co-coordinadores : Jean-Pierre Bastian, Universite de Sciences Humaines de Strasbourg, France; fax: 333-88140137; e-mail: bastian@monza.u-strasbg.fr y Armando Lampe, Universidad de Quintana Roo, Chetumal, Mexico; fax: 52-983-29656; e-mail: <armlampe@balam.cuc.uqroo.mx>
FIL-6 "Los sistemas religiosos hacia el fin del milenio. Balance y perspectivas". Coordinacion : Elio Masferrer, ENAH-INAH, A.P. 21-456, 04000 Coyoacan, Mexico DF, Mexico; tel/fax: 52-5-6589823; e-mail: masfer@netservice.com.mx. Co-coordinadores : Paolo Giuriati, Centro Ricerche Socio Religiose, Italy; e-mail: "Paolo Giuriati" <crsr@gpnet.it>; fax: 49-8761934
FIL-7 "Movimientos religiosos en las Americas: religiosidad popular o mesianismo?" . Coordinacion: Luitgarde Cavalcanti Barros, Rua Professor Ortiz Monteiro 88/303, Laranjeiras, Rio de Janeiro - cep 22245-100 Brasil; tel/fax: 5521-2059086; e-mail: luitgarde@alternex.com.br. Co-coordinadores : Lucia Aranda Kilian, UNAM, Mexico, fax: 525-5406167, tel: 6838941; e-mail: luciaak@datasys.com.mx y Guadalupe Vargas Montero, Universidad Veracruzana, Xalapa, Mexico, tel/fax: 52-281-75706
18th Quinquennial Congress of the International Association for the History of Religions. 5-12 de agosto del 2000 . Durban, Sudafrica. Inf: Dr. Rosalind Hackett, Program Chair, Dept. of Religious Studies, University of Tennessee, Knoxville, TN 37996-0450. FAX: 1-423-974-2466/0965. EMAIL: rhackett@ utk.edu . Información en Internet: http://www.udw.ac.za/iahr. DEADLINE para abstracts de papers : abril 30, 1999.
III Encuentro Internacional de
Estudios Religiosos . La Habana, del 3 al 6 de julio del 2001.
Tema: Los procesos religiosos y sociales en las condiciones del nuevo siglo.
Org: Centro de Investigaciones Psicológicas y Sociológicas.
Inf: Dr. Jorge Ramírez Calzadilla, Presidente del Comité
Organizador, Tercer Encuentro Internacional de Estudios Sociorreligiosos.
Calle B No. 352, La Habana 10400, Cuba. E -mail: cips@ceniai.inf.cu
Tel: (537) 31-3610 y 3-5366. Fax: (537) 33-4327.
Asociación de Cientistas Sociales de la Religión en el Mercosur
Editores del Newsletter: Alejandro Frigerio y Eloísa Martín
Dirección : Las Heras 3875/11A - (1425) Buenos Aires.
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